A Sociedade Brasileira de Cardiologia publicou esse mês o I Posicionamento Brasileiro sobre Combinação de Fármacos Anti-Hipertensivos. Veja abaixo um resumo da publicação:
A Hipertensão Arterial (HA) é doença de alta prevalência e apresenta-se como o principal fator de risco Cardiovascular(CV); por esse motivo, atingir o quanto antes a meta de Pressão Arterial (PA) é imperativo na diminuição desse risco. Para isso, aproximadamente 70% dos indivíduos hipertensos necessitarão de combinação medicamentosa anti-hipertensiva, e estima-se que até 30% dos hipertensos utilizem quatro ou mais fármacos para a obtenção do controle ideal. Dessa forma, a combinação medicamentosa é descrita na atualidade como importante estratégia no manejo da HA, proporcionando redução pressórica eficaz e segura.
O principal objetivo quando se emprega uma combinação de fármacos é o incremento da eficácia anti-hipertensiva, com a ocorrência de menos eventos adversos. É importante também considerar a adesão à terapêutica. A HA envolve múltiplos fatores e mecanismos na sua fisiopatologia, o que torna difícil o seu controle quando se utiliza apenas um fármaco, pois podem ocorrer mecanismos contrarregulatórios que atenuam o efeito anti-hipertensivo do agente escolhido.
A associação de fármacos com diferentes mecanismos de ação tem maior impacto sobre a redução da PA desde que haja compatibilidade farmacocinética e não haja desproporcionalidade de efeitos e propriedades.
As associações de fármacos anti-hipertensivos podem ser divididas em preferenciais, aceitáveis, menos usuais e as não usuais, baseando-se nos critérios de eficácia, tolerabilidade, maior possibilidade de adesão, evidências de proteção cardiovascular e renal e segurança (quadro 1).
O
quadro 2 sumariza as recomendações atuais para a associação de fármacos
no tratamento da HA.
Esquema didático das associações.
É importante lembrar que as medidas não
farmacológicas, de adequação do estilo de vida, devem ser sempre
enfatizadas para o melhor controle da hipertensão e prevenção de
complicações da doença.
Fonte: Arq Bras Cardiol. 2014; 102(3):203-210
Confira artigo na íntegra: I Posicionamento Brasileiro sobre Combinação de Fármacos Anti-Hipertensivos
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