sexta-feira, 14 de março de 2014

Sociedade Brasileira de Cardiologia publica I Posicionamento Brasileiro sobre Combinação de Fármacos Anti-Hipertensivos

A Sociedade Brasileira de Cardiologia publicou esse mês o I Posicionamento Brasileiro sobre Combinação de Fármacos Anti-Hipertensivos. Veja abaixo um resumo da publicação:
 
A Hipertensão Arterial (HA) é doença de alta prevalência e apresenta-se como o principal fator de risco Cardiovascular(CV); por esse motivo, atingir o quanto antes a meta de Pressão Arterial (PA) é imperativo na diminuição desse risco. Para isso, aproximadamente 70% dos indivíduos hipertensos necessitarão de combinação medicamentosa anti-hipertensiva, e estima-se que até 30% dos hipertensos utilizem quatro ou mais fármacos para a obtenção do controle ideal. Dessa forma, a combinação medicamentosa é descrita na atualidade como importante estratégia no manejo da HA, proporcionando redução pressórica eficaz e segura.

O principal objetivo quando se emprega uma combinação de fármacos é o incremento da eficácia anti-hipertensiva, com a ocorrência de menos eventos adversos. É importante também considerar a adesão à terapêutica. A HA envolve múltiplos fatores e mecanismos na sua fisiopatologia, o que torna difícil o seu controle quando se utiliza apenas um fármaco, pois podem ocorrer mecanismos contrarregulatórios que atenuam o efeito anti-hipertensivo do agente escolhido. 
 
A associação de fármacos com diferentes mecanismos de ação tem maior impacto sobre a redução da PA desde que haja compatibilidade farmacocinética e não haja desproporcionalidade de efeitos e propriedades. 
 
As associações de fármacos anti-hipertensivos podem ser divididas em preferenciais, aceitáveis, menos usuais e as não usuais, baseando-se nos critérios de eficácia, tolerabilidade, maior possibilidade de adesão, evidências de proteção cardiovascular e renal e segurança (quadro 1).
 
 
 O quadro 2 sumariza as recomendações atuais para a associação de fármacos no tratamento da HA. 

 
Esquema didático das associações.
 
 
É importante lembrar que as medidas não farmacológicas, de adequação do estilo de vida, devem ser sempre enfatizadas para o melhor controle da hipertensão e prevenção de complicações da doença.
 
Fonte: Arq Bras Cardiol. 2014; 102(3):203-210


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