A esquizofrenia é uma doença
psiquiátrica que se caracteriza pela perda do contato com a
realidade. A pessoa pode ficar com o olhar perdido,
indiferente a tudo o que se passa ao redor ou, os exemplos mais
clássicos, ter alucinações e delírios. Ela ouve vozes que ninguém mais
escuta e imagina estar sendo vítima de um complô tramado com o
firme propósito de destruí-la. Não há argumento que a
convença do contrário.
Antigamente, esses indivíduos eram colocados em
sanatórios para loucos, porque pouco se sabia a respeito da doença. No
entanto, nas últimas décadas, houve grande avanço no estudo e tratamento
da esquizofrenia que, quanto mais precocemente for tratada, menos danos
trará aos doentes.
PRINCIPAIS SINTOMAS
Há, basicamente, dois
tipos de sintomas: os produtivos e os negativos. Os sintomas produtivos
são os delírios e as alucinações. O delírio caracteriza-se
por uma visão distorcida da realidade. O mais comum, na esquizofrenia, é
o delírio persecutório. O indivíduo acredita que está sendo perseguido e
observado por pessoas que tramam alguma coisa contra ele. Imagina, por
exemplo, que instalaram câmeras de vídeo em sua casa para descobrirem o
que faz a fim de prejudicá-lo. As alucinações caracterizam-se por uma percepção que
ocorre independentemente de um estímulo externo. Por exemplo: o doente
escuta vozes, em geral, as vozes dos perseguidores, que dão ordens e
comentam o que ele faz. São vozes imperativas que podem levá-lo ao
suicídio, mandando que pule de um prédio ou de uma ponte.
No outro extremo, estão os
sintomas negativos da doença, mais resistentes ao tratamento, e que se
caracterizam por diminuição dos impulsos e da vontade e por achatamento
afetivo. Há a perda da capacidade de entrar em ressonância com o
ambiente, de sentir alegria ou tristeza condizentes com a situação
externa.
ORIENTAÇÃO AOS FAMILIARES E PACIENTES
A primeira medida é
esclarecer a família sobre as características da doença. Ela precisa
entender que, se por acaso o paciente teve um surto de nervosismo ou
agressividade (o que é raro em esquizofrenia), não se trata de mau
caratismo ou maldade. Ele tem uma doença orgânica como qualquer outra,
uma doença neuroquímica da qual é muito mais vítima do que agente
malfeitor.
Essa informação ajuda a família a compreender melhor o
problema e as necessidades do doente. Em um terço dos casos, mesmo a
psicose desaparecendo, fica uma pequena sintomatologia residual. A
pessoa não volta mais a ser a mesma. Permanece a diminuição dos impulsos
e ela não consegue mais dar conta do que fazia antes. Por isso, muitas
vezes, é preciso baixar as expectativas em relação ao portador de
esquizofrenia. Esse é um fator que pode até ser medido em questionários
conhecidos como “Emoções Expressas da Família”. Trabalhos mostram que, quando se reduz a pressão familiar, melhora o prognóstico e diminui o número de recaídas.
Louis Wain (1860-1939) foi um artista britânico que tinha esquizofrenia e, através
de seus desenhos de gatos, representou claramente a sua progressiva fuga
da realidade para a fantasia.
Wain, desde jovem, costumava pintar retratos de gatos para
calendários, álbuns, cartões-postais, etc. Aos 57 anos, sua vida e sua
arte apresentavam sintomas de psicose. Passou os últimos 15 anos da vida
em instituições psiquiátricas. Os retratos dos gatos que pintava,
tomaram uma forma ameaçadora. Reveladores de seu estado psicótico são os
olhos dos gatos, que miram fixamente com hostilidade, mesmo num de seus
primeiros desenhos desta fase.
Observem como eram os seus desenhos antes do diagnóstico de esquizofrenia:
E após a instalação e cronificação da doença:
Fonte: http://drauziovarella.com.br/letras/e/esquizofrenia/
psiconlinebrasil.blogspot.com.br
Consulte os sites acima para mais detalhes.
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