Cientistas americanos do Massachusetts Institute of Technology, MIT,
desenvolveram um equipamento que injeta o medicamento na pele por
pressão, sem a utilização de agulhas. A novidade pode ser uma
alternativa para eliminar os riscos do procedimento da aplicação de
injetáveis tanto para pacientes quanto para profissionais de saúde.
As pistolas de injeção de medicamentos por pressão já existentes
foram praticamente abandonadas devido a problemas de contaminação e
lacerações na pele, já que elas possuíam diversos bicos injetores. Em
alguns casos, a quantidade do medicamento ou vacina que chegava ao
tecido correto ficava por volta dos 10%, já o novo sistema alcança um
índice de eficácia de 80%.
Outra vantagem da pistola é que produz apenas um furo na pele, com a
dimensão de uma picada de mosquito, eliminando o risco das lacerações. O
grande avanço é a possibilidade de controle na dosagem e na
profundidade de aplicação para adultos e crianças, por exemplo.
Força de Lorentz
Ao contrário das molas e sistemas de ar comprimido, a pistola usa um
mecanismo baseado na força de Lorentz, uma superposição da força
elétrica com a força magnética.
Quando a corrente elétrica é aplicada, ela interage com o campo
magnético, produzindo uma força que impulsiona o pistão com alta
velocidade - praticamente à velocidade do som.
A velocidade do disparo pode ser controlada dosando-se a corrente
elétrica aplicada ao dispositivo.
Pode-se variar não apenas a tensão e a
corrente, mas a forma da onda, com o que se consegue um nível de
controle muito grande.
O protótipo ainda depende de um computador, que deve fornecer ao equipamento o "perfil de onda" correto para cada paciente.
Apesar de não terem problemas de ferimentos, os pesquisadores confirmaram em seus experimentos que cada tipo de pele exige dosagens diferentes da energia para aplicar a quantidade desejada de medicamento.
Medicamento em pó
Os cientistas estão desenvolvendo um segundo protótipo, em que ondas
de alta frequência são usadas para fazer o aparelho vibrar, em vez de
dar um tranco único. Com isso é possível aplicar medicamentos em pó, que
são "fluidizados" e aplicados como se fossem um líquido.
Isto poderá permitir, por exemplo, eliminar o grande problema da
conservação das vacinas, que precisam ser mantidas refrigeradas até o
momento da aplicação, sob pena de perderem a eficácia.
As vacinas em pó seriam muito bem-vindas para campanhas em locais remotos, ao eliminar a necessidade da refrigeração.
Fonte: Thais Noronha (com informações do Site Inovação Tecnológica)
Assessoria de Comunicação CRF-SP
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